Infelizmente sabemos que o consumo de droga cresce cada vez mais no país, é usada por pessoas dos mais diferentes níveis intelectuais e financeiros. Atinge famílias das comunidades carentes a casas de luxos, infelizmente a grande maioria são jovens que começam a usar drogas mais leves como maconha, e dai passam para drogas mais fortes como cocaína e crack. Tudo pode começar em apenas provar e se tornar algo incontrolável que acaba com o organismo e toda a relação social e afeta o psicológico do usuário e parentes.
As histórias de viciados e ex-viciados são muitas, vários depoimentos demonstram que isso é uma praga social que afeta não só o nosso país, mas o mundo, é um mercado paralelo que gera dinheiro para financiar violência e crimes. Vamos mostrar abaixo alguns depoimentos de usuários de drogas.
Depoimentos
- Angelo Pugliese, 29 anos, vendedor
“Depois de uma década usando cocaína, conheci o crack em 2007, quando tinha 27 anos. Não sentia vontade de fazer mais nada a não ser usar a droga. Fumava inclusive no trabalho. Nessa época, eu morava em Itu (SP) e era técnico em uma fábrica de sucos. Consumia trinta pedras num dia. Gastava de 5 a 10 reais em cada uma. Cheguei a estourar o cheque especial em cerca de 7 000 reais.
Como faltava muito ao emprego, fui demitido e minha família me internou numa clínica. Fugi depois de três dias. Quando voltei para casa, meu irmão e minha mãe me expulsaram (o pai deixou a família quando ele tinha 11 anos). Fui morar com um primo em Guarulhos. Não demorei muito para frequentar a Cracolândia. Ali, vivia perambulando pela rua e conseguia dinheiro como flanelinha. O mais importante era fumar e acalmar a fissura.
Depois de dois meses em São Paulo, voltei para minha casa em Itu. Peguei um cartão de crédito e comprei umas coisas nas Casas Bahia para trocar por droga. Nesse dia de paranoia, tomei álcool com energético misturado a várias drogas. Com raiva do meu irmão, que tinha me expulsado de casa, tentei matá-lo. Fui levado para a delegacia e depois me senti muito envergonhado. Decidi então me internar. Fiquei 52 dias e acabei de deixar a clínica (ele saiu no último dia 18).
Estou limpo há dois meses e arrumei um emprego como vendedor numa loja de motos. Por saber que tenho uma doença progressiva, incurável e fatal, frequento reuniões de grupos de dependentes anônimos. Não me considero recuperado, mas sim em recuperação. O mais importante é que meu irmão me perdoou.”
- F.O., 29 anos, separada, auxiliar administrativa
“Deixei de escovar os dentes e de tomar banho. Vivia apenas para fumar crack. Não conseguia nem cuidar das minhas filhas. Mandei a de 15 anos estudar no Canadá e a de 12 morar com o pai, em Porto Alegre.
Troquei tudo o que tinha dentro de casa pela droga: televisão, eletrodomésticos, roupas… Fumava quinze pedras por dia. Minha família, desesperada, não sabia o que fazer. Venderam meu apartamento e meu carro. Quando consegui dar um tempo, voltei a trabalhar. Mas, ao receber o primeiro salário, troquei tudo por crack. Recaí de novo. É difícil controlar a fissura.”
- Susane
“Já não tinha mais futuro. Não consegui enxergar como poderia escapar da minha dependência de cocaína. Estava perdida. Estava prestes a “explodir” e incapaz de parar de consumir cocaína. Alucinava com animais que rastejavam debaixo da pele. Sentia-os toda vez que injetava, e rasgava minhas gengivas até sangrar, com o propósito de deixá-los sair. Uma vez sangrei tanto que tive de ser levada ao hospital”
Vídeos com Depoimentos
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Esperamos que vários usuários que estão em algum estado semelhante peçam ajuda e tentem sair dessa vida sem futuro, e para aqueles que nunca provaram continuem assim, não pensem em entrar nesse mundo que acaba com vidas e traças destinos terríveis.